GTA

GTA – O QUE OS ESPECIALISTAS DIZEm

GTA é a abreviação de Grand Theft Auto, ou seja, roubos de automóveis com valor elevado. A série acontece em grandes cidades inspiradas nas metrópoles dos Estados Unidos e da Inglaterra. O cenário é dominado pelo crime e pelas gangues de rua, e o personagem vivenciado pelos jogadores é um criminoso que protagoniza diversas atividades ilegais, como violência, tráfico de drogas, assassinato e prostituição.Não é de hoje que muitas crianças dedicam horas de seu dia aos vídeos games e jogos eletrônicos. Naturalmente, esse exagero na quantidade de horas voltadas para a tecnologia não é saudável. Mas elas escondem um perigo ainda maior: os jogos violentos. Muitos papais e mamães sabem que esses jogos existem, mas nem sempre se dão conta de que o perigo pode estar mais perto do que se imagina. Pensando nisso, levantamos algumas informações e análises de especialistas sobre um desses games mais jogados: o famoso GTA.

As atividades são de ação, aventura, condução, RPG, corridas, entre outros. O jogo é considerado exclusivamente destinado a adultos, devido à abrangência de questões como violência, assassinato, drogas, incitações e exposições sexuais, tortura e mutilação. Isso também acontece pela capacidade do personagem de agredir e matar pessoas, roubar veículos, propagar o caos, etc.

O jogo e as crianças

Cerca de 99% dos meninos e 94% das meninas jogam videogames; e 50% dos meninos e 14% das meninas preferem jogos considerados “maduros”, ou seja, violentos. Se seus filhos se encaixam nesse perfil e gostam de jogos como o GTA, nos quais o sangue chega a espirrar sobre a câmera, você deveria se preocupar.

Claro que vídeo games não são ao todo ruins. Cheryl Olson, especialista em Harvard de saúde pública, pesquisou as motivações das crianças para jogá-los e descobriu que elas se divertem, competem umas com as outras e são desafiadas. Entre os benefícios psicológicos, Olson mostrou que os vídeo games facilitam a autoexpressão, a dramatização, interações sociais positivas e liderança.

A pesquisadora também descobriu que 28% dos meninos e 5% das meninas gostam de “pistolas e outras armas”. E 25% dos meninos e 11% das meninas afirmaram que o vídeo game ajuda-os a desestressar. Segundo Olson, o GTA não traz violência contra crianças ou animais, mas dá liberdade para a desordem. Ainda assim, ele consegue ser educativo: “É chocante, mas o GTA afia as habilidades de resolução de problemas. Um menino aprendeu uma maneira rápida de encontrar passageiros para seu táxi: ele atropelava os pedestres e esperava que se levantassem e subissem em seu carro”, afirmou Olson.

Também é chocante e, especialmente, preocupante a forma como os homens se relacionam com as mulheres: no jogo, é possível negociar com uma prostituta, por exemplo. Mesmo que breves, a exposição a essas imagens aumenta as tentativas de assédio sexual pelos homens, de acordo com um estudo de 2008 orientado pela psicóloga da Fielding Graduate University, Karen Dill.

Embora possa trazer alguns benefícios, Olson ressalta que a exposição a jogos violentos tende a diminuir a sensibilidade das pessoas e levá-las à banalização da violência. No ano de 2006, Bruce Bartholow, psicólogo da University of Missouri, e seus colegas perceberam que jogadores de games violentos apresentam menor ativação de uma onda específica do cérebro (em comparação a jogadores comuns), indicando menor aversão à violência.

Para concluir, é importante ressaltar que o contato com a violência, ainda que de forma virtual, pode não trazer grandes mudanças subitamente. Mas as consequências começam a se apresentar de formas sutis, aumentando a hostilidade e a indiferença com as pessoas que estão ao seu redor, por exemplo. Por isso, é sempre importante estar atento aos jogos presentes em casa e que podem influenciar a cabeça de nossas crianças e jovens!

Referências:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Grand_Theft_Auto
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/videogames_violentos_tem_efeitos_negativos_em_criancas.html

Acesso: http://www.colegioazbilingue.com.br/interatividade/artigos/gta-o-que-os-especialistas-dizem